20 de abr. de 2009

O PODER DE UMA BOA HISTÓRIA


Hewlett-Packard é uma companhia que reconhece o poder das histórias corporativas. Quase todos na HP já ouviram sobre a confiança que Bill Hewlett tinha em seus empregados. Certa vez, por exemplo, Hewlett descobriu que uma das salas usadas para guardar papéis estava fechada. Indignado, pegou umas ferramentas, quebrou a fechadura e na porta colou um papel que dizia: “Nunca voltem a fechar esta porta. Na HP, todos confiam na honestidade dos demais”.
O sistema de valores de qualquer sociedade se fundamenta no poder da narrativa que cative as mentes e corações das pessoas, ainda que desenhe parâmetros e diretrizes morais. Todos os mitos fundacionais que constituem a alma dos países, assim como a maioria das religiões, são, no fundo, histórias morais onde a sociedade encontra a coesão necessária para alcançar objetivos comuns.
O terreno comum que compartem todos os líderes é que sua influência se baseia na criação de narrativas e em particular, histórias orientadas à formação de identidade de seus seguidores. Quando um líder se dirige a espertos em um determinado tema específico, sua narrativa pode ser muito sofisticada e tomar vários caminhos divergentes para aprofundar em algumas questões; caso ele se encontre frente a um grupo heterogêneo e de diferentes níveis de entendimento, a história deve ser simples, para que seja compreendida por todos. Um exemplo disso são os políticos, estes se dirigem a um público heterogêneo, portanto as histórias a serem contadas, devem ser claras e emotivas, dirigir-las a razão e emoção das pessoas, com narrativas que ajudam os indivíduos a pensar em coisas básicas, como quem são, de onde vem e para onde vão.
No campo empresarial, muito se argumenta que, mais do que uma boa história, uma companhia necessita de um administrador eficiente, onde este não venha a mudar a cultura de uma companhia escrevendo “memos” mas sim falando ao coração e as emoções das pessoas.
Já dizia Bill Gates que ser um visionário é mais simples do que ser um executivo ou presidente.

Fonte: GARDNER, HOWARD. El poder de uma buena historia. [janeiro, 2007]. Buenos Aires: Revista Gestion: La creatividad como ventaja competitiva. Entrevista concedida a Mauricio González Lara.

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